Professora do curso de Veterinária do IBMR dá dicas para o conforto dos animais domésticos no calor
Ar condicionado, sapatinho pra proteger as patinhas, por gelo na água… O que convém ou não fazer para proteger os animais domésticos do calorão que já marca presença em boa parte do país? A professora do curso de Medicina Veterinária, do Centro Universitário IBMR, Isabella Morales, dá as dicas.
Ligar o ar condicionado é a primeira solução para muitas pessoas. Mas, os pets podem ficar em ambientes assim? “Pode ligar o ar condicionado, sim. É até bom. Principalmente para animais peludos e cães braquicefálicos, como é o caso daqueles das raças pug e bulldog”, exemplifica a professora do IBMR, que integra o Ecossistema Ânima.
Inspira, respira
Estes animais apresentam a cabeça em formato achatado e o focinho curto, o que dificulta na liberação de calor, que nos cães é feita pela respiração. Lembrando que o Brasil segue com o impacto de uma onda de calor, com temperaturas até cinco graus acima da média para essa época, para os próximos dias, conforme alerta do Instituto Nacional de Meteorologia (INMET).
Mas se você não tem ar condicionado, mas quer, de qualquer maneira, oferecer um alívio para seus amigos pets, umas pedrinhas de gelo na água estão liberadas, segundo a professora.
Esta água deve ser disponibilizada à vontade. Também são recomendadas trocas constantes, para que ela se mantenha fresca e limpa, assim como, é importante oferecer alimentos de boa qualidade.
Com sol a pino, não!
Mantenha as caminhadas com seus cães. Mas, cuidado! “Passeie apenas nos horários de temperatura amena, pela manhã bem cedo ou à noite. Meio-dia não é ideal, os cães não usam sapatos e a temperatura do chão pode estar muito alta para as patinhas deles. E isso pode causar queimaduras”, ensina.
Além disso, avisa a professora, é preciso evitar exercícios extenuantes, como corridas, entre outros. “Modere. Principalmente se considerarmos possíveis comorbidades, como peso e idade do animal”, indica.
A previsão acrescenta ainda a possibilidade de mais calor nas áreas litorâneas. Por isso, ao estimular o mergulho dos animais de estimação na água do mar, o cuidado deve ser revisto. “O animal pode ter alergia à água do mar. Ele pode entrar, mas, depois, precisa dar um banho nele, com shampoo hipoalergênico”, explica.
Por fim, observe alguns sinais de incômodo e possível mal-estar, como ritmo cardíaco acelerado, ritmo respiratório elevado, cor azulada na língua, na pele e nas mucosas decorrente da falta de oxigênio (cianose), saliva abundante e densa. No mais, os cuidados básicos com os pets devem ser mantidos em dia, como as idas ao veterinário, manutenção de vacinas e… brincadeiras! Interaja com seus companheiros com alegria sempre.