a cat is eating food on a box in the grass

Mudanças repentinas podem causar sintomas gastrointestinais e até recusa alimentar. Seguir o processo de transição é fundamental para manter a saúde e o bem-estar dos animais 

Trocar o alimento de cães ou gatos é uma tarefa simples, mas que exige atenção. Uma mudança brusca pode causar sintomas gastrointestinais, como vômitos, diarreia, desconforto e até fazer o pet recusar a nova comida. Isso acontece porque a alimentação afeta diretamente o funcionamento do sistema digestivo e o equilíbrio da microbiota intestinal — o conjunto de micro-organismos que vivem no intestino e são essenciais para a digestão e a imunidade.

Para evitar esse tipo de problema, o ideal é fazer a transição de forma gradual e cuidadosa. Quem explica tudo é a médica-veterinária Mayara Andrade, de Guabi Natural (BRF Pet).

“A troca de alimento deve sempre ser feita com planejamento. Isso dá tempo para o organismo do pet se adaptar ao novo alimento, o que evita desequilíbrios e garante uma boa aceitação”, orienta a veterinária. 

Como fazer a transição de forma segura? 

Segundo Mayara, o passo a passo recomendado é misturar o novo alimento ao antigo, aumentando aos poucos a quantidade da nova ração ao longo de 5 a 7 dias. Veja como fazer:

  • Dias 1 e 2: 10% do novo alimento + 90% do antigo
  • Dias 3 e 4: 30% do novo + 70% do antigo
  • Dia 5: 50% de cada
  • Dia 6: 70% do novo + 30% do antigo
  • Dia 7: 100% do novo alimento

Esse passo a passo costuma estar descrito no verso da embalagem dos alimentos e também nos sites das marcas.  

Mas Mayara alerta que nem todos os pets se adaptam no mesmo tempo. “Em casos de sensibilidade intestinal ou doenças pré-existentes, o processo pode levar até 30 dias, sempre com acompanhamento veterinário. Por isso, é fundamental seguir a orientação do profissional de confiança”, reforça.  

Mesma marca, nova fase de vida: precisa de transição? 

“Sim! Mesmo que o tutor esteja apenas mudando de um alimento de filhotes para a versão adulta ou sênior da mesma marca, por exemplo, a adaptação continua sendo necessária, principalmente para pets mais sensíveis ou com histórico prévio de alteração gastrointestinal após a troca. O mesmo deve acontecer com alimentos coadjuvantes”, explica Mayara. 
 

Segundo a médica-veterinária, mudanças na composição nutricional — como quantidade de proteína, fibras e gorduras — afetam o funcionamento intestinal. Mesmo que o pet já conheça a marca, a adaptação do organismo precisa de tempo.
 

Por que a troca gradual é tão importante? 

A digestão saudável dos pets depende de uma microbiota intestinal equilibrada. Segundo Mayara, alterações abruptas na dieta podem prejudicar o funcionamento dessas bactérias benéficas, dificultando a digestão e absorção de nutrientes. Isso pode causar desconfortos como gases, fezes amolecidas ou até episódios de vômito e diarreia.

“A microbiota precisa de tempo para se ajustar à nova composição do alimento. A introdução gradual permite que essa adaptação aconteça de forma suave, mantendo o intestino saudável e o pet bem nutrido. Quando as células intestinais estão bem nutridas, elas mantêm sua integridade e funcionam corretamente, melhorando, entre outras coisas, a absorção de nutrientes”, explica. 

Além disso, a transição ajuda na aceitação do novo alimento. Cães e gatos são animais neofílicos — ou seja, gostam de novidades —, mas isso nem sempre garante uma adaptação tranquila.

Se isso acontecer, o pet pode associar o novo alimento ao mal-estar e passar a recusá-lo. Por isso, a introdução gradual permite que o intestino se adapte à nova composição, evitando desconfortos e aumentando a aceitação do alimento”, reforça Mayara. 

E os filhotes e idosos? Precisam de atenção redobrada 

Filhotes e pets mais velhos são mais sensíveis a alterações na dieta. Em caso de diarreia ou vômito, a médica-veterinária explica que eles podem desidratar com mais facilidade. Por isso, o acompanhamento de um profissional se torna ainda mais essencial nesses casos.

“Essas faixas etárias exigem mais cuidado, tanto pela sensibilidade intestinal quanto pela necessidade de nutrientes específicos. A orientação veterinária é indispensável”, alerta Mayara.
 

Fique de olho no comportamento do pet 

Mayara recomenda que, durante o período de transição, é importante observar não só as fezes e o apetite, mas também o comportamento do pet. Falta de energia, coceiras, vômitos frequentes ou recusa alimentar prolongada podem ser sinais de que algo não está bem.

“Esses sinais indicam que a adaptação não está sendo bem-sucedida. Nesse caso, o tutor deve interromper a troca e buscar orientação profissional o quanto antes”, orienta.

Converse sempre com o veterinário 

Por mais que a embalagem do alimento traga instruções, Mayara explica que cada pet é único. Sensibilidade, rotina, histórico de saúde e até preferências individuais devem ser levados em conta no processo de transição.

“O veterinário conhece o histórico do animal e pode indicar o melhor caminho para a troca de alimento — seja ela para um novo sabor, nova fase da vida ou uma dieta especial”, finaliza Mayara Andrade.
 

Sobre Guabi Natural  

Guabi Natural é uma das marcas de alimentos para cães e gatos da BRF Pet, uma das líderes em nutrição para pets do país e segmento pet da BRF, uma das maiores empresas de alimentos do mundo. Com mais de 20 anos de história, Guabi Natural é pioneira em alimentação Super Premium Natural no Brasil. Sua formulação apresenta equilíbrio entre os melhores ingredientes naturais e nutrientes essenciais para cada porte, fase de vida e necessidade específica de cães e gatos, promovendo uma vida mais longa e saudável. Está presente em petshops, redes pet e e-commerces do país com um portfólio diversificado que conta com as linhas Grain Free, Obesos, Light, Sensitive, além de sachês. Feita com ingredientes naturais, sem adição de corantes ou aromas artificiais, além de ser conservada com antioxidantes naturais, Guabi Natural é formulada por nutricionistas veterinários. Com um forte compromisso com sustentabilidade e responsabilidade social, a marca mantém parceria com ONGs – o que possibilitou doar mais de 960 mil refeições para cães e gatos resgatados e apoiou 2.500 adoções bem-sucedidas -, além de ser mantenedora da plataforma “Um Pet é pra Sempre”, iniciativa que visa combater o abandono e os maus tratos de cães e gatos. Guabi Natural também recicla 100% do volume de suas embalagens.